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| (foto: Gazeta Press) |
Não foi dessa vez que o futebol empolgante, que todos andam esperando, apareceu. Neymar e Elano bem que tentaram, mas o Santos não foi capaz de derrotar o São Bernardo, na Vila Belmiro.
Zé Eduardo teve sua chance como titular, Jonathan estreou, e Adilson Batista escalou o jovem Felipe Anderson para dividir funções de criação e movimentação com Elano e Neymar. O Santos foi, então, a campo em um 4-4-2, que sem bola era bem estabelecido, e na posse dela apresentava bastante movimentação de seus homens de frente, no caso, Felipe, Neymar e Zé Eduardo.
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Devido a uma boa marcação na saída de bola, por parte da equipe do São Bernardo, o Santos enfrentou dificuldades na criação de suas jogadas durante todo o jogo. A bola transitava entre os defensores, enquanto o São Bernardo se postava defensivamente. Elano e Neymar eram os encarregados em iniciar as jogadas ofensivas, porém eram sempre acompanhados de perto.
Via-se Neymar constantemente se apresentando no campo defensivo santista, e devido a marcação adversária, ele quase nunca conseguia girar sobre seu marcador e iniciar um lance de frente. Elano também pouco conseguia fazer em um espaço tão limitado.
Essas constantes quebras defensivas de Neymar deixavam Zé Eduardo isolado no ataque. A distância entre eles era grande e a possibilidade de uma tabela era remota. Com essa movimentação de Neymar, o jovem Felipe Anderson ganhava mais espaço, e a bola chegava com mais facilidade nele, porém saía de seu pé com muito menos qualidade de passe, fruto de uma afobação natural, ocasionada pela idade. No segundo tempo, Allan Patrick o substituiu, mas ele se movimentou pouco e a bola quase não passou pelo seu pé.
No segundo tempo, o São Bernardo, também em um 4-4-2, conseguiu manter a posse de bola, e o gol de empate só dependeria de uma individualidade. Foi o que aconteceu, Raul recebeu uma ótima enfiada de bola e empatou o jogo, logo depois de Adilson Batista substituir Zé Eduardo por Maykon Leite. A intenção na substituição era dar mais movimentação ao ataque, mas as peças santistas ainda estavam longes umas das outras, além de não haver ultrapassagens nas laterais e muito menos dos dois volantes (Adriano e Danilo).
Com o São Bernardo contentíssimo com o resultado, o jogo só poderia acabar no empate. Adilson continua criticado pela torcida, e com razão. O santista está acostumado com um futebol bonito, encantador, característico da história do seu time, mas Adilson Batista parece não abrir mão de seus 2 volantes, que pouco participam do jogo quando o time tem a posse de bola.
Falta a audácia que todos esperam do Santos. Ela pode voltar com Paulo Henrique Ganso.
Guilherme Carinhato
Equipe TAKTIKUS
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