ANÁLISE TÁTICA - Deportivo Táchira 0x0 SANTOS

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(foto por: Harold Escalona/EFE)

(confira aqui a Análise Pré-Jogo da partida)

 

Enfim, a favorita equipe do Santos estreou na Copa Libertadores da América. O resultado não foi suficiente para quem esperava um bom futebol, mas foi satisfatório. O empate em 0 a 0 na Venezuela não é mal resultado, mas podia ser bem melhor. De fato, apesar de erros isolados da arbitragem, o placar refletiu bem o que foi o jogo: problemas na criação das jogadas ofensivas e cansaço de Neymar pela equipe brasileira, e superação dentro de campo e uma bonita festa do torcedor venezuelano na arquibancada.

Domingo, clássico contra o Corinthians pelo Campeonato Paulista. A equipe santista é a 2ª colocada na classificação e uma derrota para o rival poderia significar uma queda para a 4ª colocação e distanciamento do Palmeiras na tabela. Com os dois campeonatos sendo disputados ao mesmo tempo, chegou a hora do treinador Adílson Batista estabelecer prioridades, porque o cansaço de Neymar e equipe ficou mais do que claro nessa última partida.

1° tempo de imposição santista, mas sem gols

Por jogar na casa do adversário, o técnico santista optou por um time mais defensivo, com apenas 2 atacantes, Neymar e Diogo. O Santos logo conseguiu impor seu jogo frente ao Deportivo Táchira, pressionando a saída de bola e dificultando a armação das jogadas pelo time venezuelano. E foi assim que surgiram boas oportunidades para a equipe santista. Recuperando a posse de bola já no setor ofensivo, os meninos da Vila encontravam a defesa adversária aberta e em transição. Em uma dessas oportunidades, Arouca arriscou um bom chute que quase resultou no primeiro gol da partida.

A equipe venezuelana congestionava o meio-campo, o que prejudicava a troca de passes da equipe santista. Elano não foi bem na armação das jogadas como meia-ofensivo, posição que deverá abandonar com a volta de PH Ganso. É fato que o camisa 8 santista deve jogar como um camisa 8, mais recuado, apostando em lançamentos longos para o rápido time alvinegro. As melhores situações de finalização vieram de cruzamentos na área. Porém, Diogo que era pra ser o suposto homem de área santista, se movimentava pelos flancos e nunca estava centralizado para finalizar a gol.

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2° tempo de Santos recuado, opção de Adilson e consequência do desgaste físico.

Apesar da superioridade santista no 1° tempo de partida, talvez por conta do cansaço ou por opção técnica de Adilson Batista, o time recuou e passou a ser pressionado pela equipe venezuelana. A equipe santista já não tinha mais uma saída de bola com qualidade, fazendo uso de muitos chutões ou passes forçados. Quanto a isso, cabe ao volante (Possebon ou Arouca) recuar para oferecer linha de passe ao zagueiro e estruturar a saída de bola, melhor do que deixar Durval encarregado de chutar a bola para a frente.

Com as substituições, Zé Eduardo passou a ocupar a posição de Diogo, agora mais centralizado na área. A saída de Pará para a entrada de Adriano e recúo de Danilo recompôs o meio-campo santista. Apesar do jovem lateral santista não ter uma má atuação na partida, não deu para entender a opção de deixar Robson de fora, sendo que nem no banco de reservas ele ficou.

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De primeira!

• Com Neymar nitidamente cansado, não valia a pena ter colocado Maikon Leite, um dos artilheiros do Paulistão, logo no início do 2° tempo?
• Por quê utilizar Danilo (outro jogador que disputou o Mundial até semana passada...) no meio-campo, se Robson vinha mostrando um bom futebol do Paulista?
• Elano veste a camisa 8, e não a 10. O jogador apresenta um futebol muito melhor quando joga mais recuado (como jogou Danilo) do que tendo a função de armar o jogo como um meia ofensivo.
  
  Rodrigo Coelho
  Equipe TAKTIKUS

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