ANÁLISE TÁTICA - SANTOS 3 x 0 Portuguesa – Encontrando o caminho

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(Foto: Guilherme Dionizio / Futura Press)

Nessa quarta-feira de cinzas, o Santos bateu a Portuguesa em casa, por 3 a 0, e começa a dar sinais de que poderá voltar a jogar o futebol que todos esperam. O futebol simplesmente ofensivo.

O Santos é conhecido mundialmente pelo seu futebol encantador liderado por Pelé. Depois de Pelé, as boas campanhas santistas foram também na base da ofensividade. O torcedor santista foi acostumado a esse estilo de jogo, e com isso faz o time se condicionar à essa filosofia. Adilson caiu, pois quis solucionar problemas em seu meio campo excluindo parte dessa filosofia santista.

Comparações a parte...

A escalação Santista era a mesma que iniciou o jogo contra o Cerro, com a excessão de Adriano no lugar de Possebom. Se recordarmos sobre esse jogo (clique aqui para ver a análise Santos 1 x 1 Cerro), vemos o meio campo distante dos atacantes. Elano não tinha, e não tem a característica de encostar nos atacantes. Marcelo Martellote teve que mexer no time, trazendo Neymar para a meia, e liberar os laterais, melhorando assim o jogo no segundo tempo.

A escalação era a mesma, porém o sistema de jogo, tática e estratégias eram diferentes. Percebendo as dificuldades que o time encontrava com Elano, sendo o principal armador da equipe, Marcelo recuou Diogo. Elano, então, era o 3º homem do meio, responsável pela saída de bola, lançamentos longos, e ultrapassagens pela direita. Diogo tinha a função de encostar em Neymar e Zé Eduardo, promovendo tabelas e movimentações com os atacantes.

Adriano recuava e entrava na zaga constantemente, com isso, Léo e Jonathan eram os responsáveis na marcação dos bons alas da Lusa. Com a bola, Adriano também protegia a zaga, liberando Léo e Jonathan para apoios constantes.

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No primeiro tempo, o Santos passou momentos de aperto. Neymar, Diogo e Zé Eduardo, pareciam não ter função sem a bola, e a Lusa saía para o jogo sem nenhum tipo de marcação. A bola chegava no ala Fabrício, que conduzia-a em diagonal para o meio. O volante Ferdinando apoiava sempre, e a inferioridade numérica santista, nessas situações, era uma tônica durante a primeira etapa.

A Portuguesa gostando do jogo teve várias chances, que acabaram na trave, em Rafael, e em finalizações erradas. O Santos saía para o jogo com muita movimentação por parte de seus atacantes. Eles abriam espaços para as descidas dos laterais, criando também muitas chances. O jogo estava totalmente aberto, quando Neymar, fez grande jogada e abriu o placar.

No intervalo, Marcelo Martellote corrigiu o posicionamento sem bola de seus atacantes. A Portuguesa, então, não saía mais com liberdade. Neymar, Zé Eduardo e Diogo, agora, pressionavam os zagueiros e os volantes adversários, que começavam a se atrapalhar e a errar passes.

A partir daí, foi só aproveitar as oportunidades. A movimentação santista continuava, e as chances eram criadas. Neymar marcou o segundo e deu o passe para o terceiro, em uma das infiltrações de Léo.

Jorginho, técnico da Lusa, mexia no time, para dar mais poder ofensivo à Lusa. Quando o Santos relaxou no jogo, a Portuguesa voltou a criar boas jogadas, que pararam novamente em Rafael.

Maykon Leite entrou, para que a movimentação ofensiva não cessasse. E teve ainda mais chances de aumentar o placar.

Marcelo Martellote mostra que conhece o time que tem em mãos. Usa diferentes táticas ofensivas e defensivas, no mesmo sistema de jogo. Assim, o Santos pode voltar a jogar o futebol que todos esperam.

Guilherme Carinhato

Equipe TAKTIKUS

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